Estudiantes supera Cruzeiro e vence Libertadores

- Antes de mais nada, um exercício de imaginação: tentar imaginar, durante a transmissão da última final de Liga dos Campeões, entre Barcelona x Man Utd, a transmissão da partida anunciando que o Bolton abrira o placar contra o Hull ou que o Racing Santander virou sobre o Almería. É um ABSURDO jogo do Campeonato Brasileiro enquanto se tem uma final de Libertadores no mesmo dia, mesmo se não incluísse brasileiro. A Conmebol fede.

- Quem também fede é a Globo, que liga o 'foda-se' pra quem gostaria de assistir a partida e transmite uma porcaria de jogo do Brasileirão, tudo porque interessa financeiramente.

- Torcida brasileira não sabe torcer. Torcem nos primeiros 15 minutos, e depois murcham, a ponto de ainda no primeiro tempo se ouvir a torcida do Estudiantes. Quatro mil contra 60 mil e ouviu-se a minoria.
Certo. Aí sai o gol do Cruzeiro, e a torcida começa a apoiar, cantar, incentivar. Assim é fácil.
Tomam o empate e pronto, voltou o silêncio. A virada saiu aos 28 do 2º tempo, tempo mais do que suficiente pra no mínimo empatar.
Pra completar, torcida gritou: "Raça!". Deve ser inédito uma torcida pedir raça numa final de Libertadores.


O jogo:

- Estudiantes jogou demais. E não tem jeito, não é chavão, é uma constatação: time argentino sabe jogar Libertadores. A diferença mental entre Estudiantes e Cruzeiro foi assustadora, a frieza dos Pinchas foi descomunal, jogam com a frieza de uma partida sem importância, mas com a determinação da última partida de suas carreiras.

- Verón é um monstro. Seu passe pra Cellay no primeiro gol foi espetacular. E ainda bateu o escanteio do gol do título.

- Bom valor o jovem Enzo Pérez.

- É inacreditável, já tive que ler gente dizendo: "Fora, Adílson" em alguns sites. Incrível.


Ficha Técnica:

Copa Libertadores da América - Final - Jogo 2

Cruzeiro 1 x 2 Estudiantes (agregado: 1x2)
Local: Governador Magalhães Pinto, Belo Horizonte-BRA
Árbitro: Carlos Chandía(Chile)

Cruzeiro: Fábio; Jonathan, Thiago Heleno, Leonardo Silva e Gérson Magrão; Henrique, Marquinhos Paraná, Ramires e Wágner(Athirson); Kléber e Wellington Paulista(Thiago Ribeiro).
Téc.: Adílson Batista.

Estudiantes: Andújar; Cellay, Desábato, Schiavi e Germán Ré; Braña(Sánchez), Verón, Benítez(Díaz) e Enzo Pérez; Gastón Fernández(Calderón) e Boselli.
Téc.: Alejandro Sabella.

Gols: Henrique 51'; Gastón Fernández 57' e Boselli 72'