13 de outubro de 2015

Não se engane: Osorio fez excepcional trabalho no São Paulo

Adeptos do futebol de resultado devem ter olhado o aproveitamento de 51% (12V, 7E, 9D) de Juan Carlos Osorio em sua passagem pelo São Paulo e cravado como apenas mediano o trabalho do colombiano. Para tais, fatores como adaptação a um novo país, nova cidade, nova cultura, novo idioma são detalhes - mas, se é técnico brasileiro indo atuar no exterior, aí usariam tais argumentos para defendê-lo.

Porém, no caso de Osorio, ainda houve muitas outras dificuldades, como a perda excessiva de jogadores (que ele conhecia tão bem as características mesmo antes de assumir o time), calendário que permite pouquíssimos treinamentos, além, claro, daquele que foi, provavelmente, o pior mandato de um presidente da história do clube.

Osorio, então, fez o que lhe cabia e sabia: aplicou em treinamentos todo seu conhecimento de anos de Colômbia, Inglaterra e Estados Unidos, ganhando a confiança do elenco, demonstrando ser, de verdade, um treinador. Poderia ficar apenas nisso, mas saiu da "zona de conforto" e buscou no próprio elenco solução para posições carentes pela venda de tantos jogadores, como Breno de volante, Ganso de 'falso 9', Carlinhos de ponta direita e meia central - sempre criticado pelo conservadorismo de muitos jornalistas e que acabam por moldar a opinião de torcedores.

Também fugindo da zona de conforto, apostou em jogadores da base, em especial o zagueiro Lyanco, que estreou como titular em um jogo contra o Joinville como visitante, fazendo bom papel no 0 a 0, ganhando espaço nas partidas seguintes. Lucão e Matheus Reis também conquistaram seu espaço na equipe titular.

Três jogadores em especial cresceram muito com o colombiano: Rodrigo Caio, Thiago Mendes e Alexandre Pato. O primeiro, também prata da casa, tornou-se um grande zagueiro e líder natural do elenco; já o multitarefas volante virou o dínamo do meio de campo são-paulino, enquanto Pato viveu seus melhores momentos no futebol brasileiro, atuando mais aberto pela esquerda.

Coletivamente, o time passou a marcar adiantado, propondo sempre o jogo, não importando o local da partida, dando um padrão de jogo para a equipe - algo que faltava com Muricy. Aliás, esse é um ponto a se ressaltar: quem critica Osorio precisa assistir alguns jogos do São Paulo do início do ano.

Mas o que mais chama a atenção é notar o carinho dos jogadores ao falar de Osorio, especialmente Rogério Ceni e Pato. Nota-se sinceridade, nota-se que o treinador ganhou o grupo com seus métodos de treino, algo que se via, por exemplo, nos jogadores da Inter de Milão em 2010, ao falarem de José Mourinho.

De educação ímpar, Osorio fará muita falta ao São Paulo, e aí não importa se seu substituto, Doriva, vai conquistar os objetivos desse final de ano - título da Copa do Brasil ou vaga à Libertadores via Campeonato Brasileiro.
O colombiano está indo atrás de seu sonho (perfeitamente válido) de disputar uma Copa do Mundo. Na hipótese das coisas não correrem como o esperado no México, as portas do Morumbi precisam estar abertas para o 'Professor'.

6 de setembro de 2015

A noite mágica de Juan Carlos Osorio

A desculpa já estava pronta: time desfalcado de 12 jogadores, apenas dois titulares em campo, jogador estreando, adversário embalado por um 6-0 no meio de semana. Porém, com tudo jogando contra, o São Paulo bateu o Internacional por 2 a 0, no Morumbi, em atuação tática invejável.

Juan Carlos Osorio optou por intensificar a marcação sob pressão escalando um trio ofensivo formado por - da direita para a esquerda - Wilder Guisao, Ricardo Centurión e o estreante Rogério, atacante de 24 anos contratado junto ao Náutico e com atuação espetacular, marcando um gol e desfilando habilidade com objetividade. Os três avançados se movimentavam constantemente, dificultando a marcação da equipe de Argel Fucks.

Com o reforço de última hora do lateral direito Bruno, Osorio pôde ter em Hudson o volante fundamental na proteção da defesa. O ex-jogador do Botafogo-SP é daqueles atletas úteis pelo jogo simples e discreto, e também por grande versatilidade.
Na armação, Michel Bastos dava mais velocidade na transição e chegada à área colorada, enquanto Ganso "maestrava" o veloz time escalado pelo colombiano.

Paulo Henrique, aliás, merece um parágrafo para si. Construindo sozinho a jogada do primeiro gol e servindo Michel Bastos no segundo - chegando a sua quinta assistência, uma a menos que os líderes no quesito (Giovanni Augusto e Patric, do Atlético-MG, e Giuliano, do Grêmio) -, vem mantendo uma regularidade satisfatória nas últimas partidas. É, também, o jogador tricolor com mais assistências que resultaram em finalização: 34.
Agora, aquele que julgo ser o argumento principal de como Ganso participa, SIM, dos jogos: são 40 desarmes em 19 jogos, atrás somente dos volantes Thiago Mendes (42) e Hudson (47).

(Foto: Marcos Ribolli)
Aliado a isso, Osorio está aproveitando os jogadores de Cotia, algo do qual o clube era fortemente cobrado. Com ele, jogadores como Auro, Lucão, Lyanco, Matheus Reis, João Schmidt e João Paulo são nomes já falados com naturalidade pelos torcedores - e ainda há o caso de Breno, que voltou a jogar após 4 anos, logo no clássico diante do Corinthians, e como volante. Coragem e confiança de que o trabalho está sendo feito corretamente não faltam ao colombiano.

O São Paulo vai oscilar, disso não resta dúvida; é um elenco que foi desmontado quase que em sua metade, e nenhum clube do mundo passa incólume a isso. Mas a segurança de que há no comando um treinador com ideias de futebol tão agradáveis deixa o Tricolor na briga por uma vaga na Libertadores - ainda que, a priori, não seja exatamente o favorito à classificação.

23 de junho de 2015

Oito rodadas, nove demissões: como levar a sério?

"Sem muito o que falar, os resultados não ajudaram". Palavras do ex-goleiro Harlei, atual diretor de futebol do Goiás, ao justificar a demissão de Hélio dos Anjos, a segunda em 2015.
Longe de ser um defensor do treinador, mas parece mais um a padecer do mal de um time sem grandes aspirações no Brasileiro que começa bem a campanha, e quando os resultados NORMAIS acontecem, acaba passando a impressão de que o time não está rendendo como antes.

Os esmeraldinos iniciaram com quatro jogos de invencibilidade: vitória contra Atlético Paranaense (C) e Palmeiras (F) e empate contra Vasco (F) e Grêmio (C). Oito pontos em doze, muito além dos prognósticos.
Veio, então, a sequência da demissão: derrota para o líder Sport (F), Avaí (C), empate contra a Ponte Preta (F) e derrota para o Joinville (F). Destes, o revés em casa contra a equipe de Santa Catarina pode ser considerado o único mau resultado, mas NENHUM dos vinte times - nem o campeão - faz 38 jogos sem um grande tropeço.

As nove demissões em oito rodadas de Campeonato Brasileiro explica o país no topo do ranking mundial de treinadores demitidos, com uma inacreditável média de QUATRO MESES - aproximadamente 15 jogos - que um técnico dura no clube, muito à frente do segundo colocado, a Itália, cujos treinadores permanecem 1,07 temporada empregados. Cabe ao Fluminense a "honra" de campeão mundial de demissões: 41 técnicos de 2002 até 2015. Sim, amigos, o clube carioca tem média de 3 treinadores por ANO. Nesta lista mundial, os próximos colocados são Náutico, Flamengo, Vitória, Atlético-PR e Sport.

Como levar a sério o futebol brasileiro?

                                (Fonte: Goal.com)

19 de janeiro de 2013

Brasil eliminado no Sul-americano sub-20 surpreendeu? A mim, não.



Acima, foto da alagada partida Bahia x Audax, pela Copa São Paulo de Juniores 2013.

Copa São Paulo, considerada o principal torneio de base do país, a "maior vitrine de craques". Disputado no mês que mais chove no estado...

É isso, é assim que a base brasileira é tratada há décadas.

8 de setembro de 2012

Seleção é momento e renovação é com jovens: duas falácias que Mano acredita

Em linhas gerais, falácia pode ser entendida como uma afirmação sem profundidade, de argumentação vazia e muitas vezes usada para persuadir. Quando dita por quem tem poder de formar opinião, aliada à preguiça de pensar, vira uma verdade.

No futebol que envolve a Seleção Brasileira atual há duas: seleção é momento e renovação se faz apenas com jovens. Por acreditar em ambas é que Mano Menezes, após mais de dois anos como treinador do Brasil, não consegue montar um time.

Com esse período como técnico, Mano já deveria ter fechado um grupo de uns 35 a 40 jogadores. Se não há período de treinamentos, convocar novos nomes a cada lista dificulta ainda mais o entrosamento. Os recentes chamados de Cássio e Arouca passam a sensação de falta de rumo.

Seleção não pode ser só momento, fosse assim Diego Forlán não teria ido à Copa América de 2011 e sido tão essencial no título do Uruguai. Não estava em boa fase, mas era jogador de confiança de Oscar Tabárez. Se seleção for apenas momento, então basta jogar bem no 1º semestre de 2014.

Já que Forlán foi citado, vem a outra falácia: renovação com jovens. Essa é uma má e comum interpretação do verbo renovar. Não significa tirar um jogador de 34 pra colocar um de 20. Após o fiasco na citada Copa América, a Argentina contratou Alejandro Sabella, que renovou o elenco com Hugo Campagnaro (32), Rodrigo Braña (33), Lucas Biglia (26), Pablo Guiñazú (34), Rodrigo Palacio (30) e agora Hernán Barcos (28). Hoje, a albiceleste tem um time em menos tempo que o Brasil.

No caso da Seleção, as transições bem feitas foram as de Daniel Alves, Thiago Silva e Marcelo, recebendo o acréscimo de David Luiz. Não à toa é a defesa o setor mais forte, aquele que sabemos escalar. No gol, embora não tenha um “número 1” unânime, não se foi em busca de um jovem pra “renovar”. Os demais setores sofreram com a mania do 8 ou 80, de uma seleção envelhecida em 2010 para uma de garotos.

É no setor ofensivo onde mais se observa isso. Começou com Paulo Henrique Ganso (20, à época de sua primeira convocação), alçado ao posto de titular assim que a Copa terminou. Com o declínio do santista, a posição e obrigação de ser a referência do meio campo do Brasil caíram em Oscar (20). Não vai dar conta não porque seja mau jogador, mas sim por ser peso de mais.

O mesmo vale para os mais avançados. Lucas é um excelente talento revelado pelo São Paulo, mas tudo com ele está sendo precoce demais. Neymar, em tese quem mais estava pronto para a Seleção, sente a falta de companheiros mais experientes ao seu lado, com quem dividir a responsabilidade. Pense na diferença que faria a ele ter o Kaká ao seu lado. Mas Mano crê na primeira falácia.

E ainda tem Leandro Damião, que sentiu a pressão da “torcida” no Morumbi e tentou meter uma carretilha pra calar a boca. Normal, é jovem e muito bom centroavante, mas Mano crê na segunda falácia.

Hoje o Brasil parece uma equipe sub-23 com responsabilidade de ganhar Copa do Mundo. Oscar, Lucas, Neymar e Damião têm cerca de 4 anos de profissionais (!), é loucura ter toda uma linha ofensiva formada por eles. Certos nomes não podem ficar fora, o que não significa lhes garantir titularidade.

Júlio César pode ser um reserva de confiança para Diego Alves, daqueles que, se o titular se machuca na Copa, você sabe que pode contar. Daniel Alves foi reserva de Maicon por vários anos, agora basta inverter a hierarquia ao invés de nomes como Rafael e Danilo.

Lúcio, hoje na Juventus, não pode ser descartado pelo mesmo motivo de Júlio César, embora hoje tenha no mínimo Dedé à sua frente na lista de suplentes.

Fico imaginando a cabeça de um adversário do Brasil na Copa, segurando o empate no 2º tempo, aí olha para a lateral e está o Kaká e o Ronaldinho batendo os calcanhares nas mãos, prestes a entrarem em campo. Uma sensação de “Pô, já estamos mortos de tanto marcar e olha os caras que vão entrar”.

Robinho sofre de comentários extremistas. É um jogador nota 6, com lampejos de 8, suficiente pra estar no grupo, inclusive para deixar Neymar no banco em alguns amistosos. O atleta santista, na carreira inteira, nunca experimentou essa sensação. Ela ajuda a crescer, tira a sensação de “como estou já está bom”.

Miroslav Klose tem 34 anos e segue convocado para a seleção alemã. Por que essa necessidade de até o centroavante ser jovem? Fred e Luis Fabiano, com experiência europeia, ajudariam demais Leandro Damião, não dá pro seu reserva imediato ser Alexandre Pato.

Se a intenção do Mano é preparar o time pra levantar o hexa em Moscou'18 então está sendo ótimo o trabalho - aliás, sortudo o treinador que assumir a Seleção após a Copa no Brasil, pegará um time voando. Como creio que sua meta seja 2014, o trabalho está muito aquém do necessário.

3 de setembro de 2012

E se o Brasil jogasse sem centroavante?

A falta que faz um centroavante confiável para a Seleção Brasileira pode ter uma solução alternativa.

Direto ao ponto: o finalizador mais técnico disponível (Alexandre Pato) provavelmente nem seria convocado fosse argentino, espanhol, alemão, holandês e francês. Seria reserva de Falcao na Colômbia, disputaria posição na Inglaterra. Tudo isso à parte seus problemas físicos que o fazem parecer ter 28 anos.

Quem pode ser a grande solução para a posição? Luis Fabiano? Fred? Jonas? Vágner Love? Leandro Damião? Eu? Boas opções, mas nenhuma garantia.

Por outro lado, discute-se se o meio campo pode ter Kaká e Oscar ou Ganso. Faz-se mil quebra-cabeças para tentar encaixá-los, mas nunca se tira o centroavante do esquema.

E se tirarmos?

Para tal, vai uma opinião: vejo o futuro de Kaká, 30 anos, dentro de campo como centroavante finalizador. Óbvio que não um pivozão trombador, mas um concluidor, pois uma das características mais marcantes do meia é sua conclusão com classe, fora do alcance dos goleiros.

Sua outra característica marcante, as arrancadas, já não consegue fazer; não adianta achar que o convocado será o Kaká do Milan'07, pois esse acabou. Porém, tecnicamente, está acima de qualquer centroavante brasileiro, de longe.

Desta forma, Kaká poderia ser o 'falso 9', ideia de Josep Guardiola para dinamizar o desempenho de Lionel Messi - algo que deu um "pouquinho" certo. Não se trata de jogar igual ao argentino, mas sim o local do campo onde ficaria posicionado, como o meia atacante que sempre foi, mas com a função de chegar frequentemente à área.



Importante: NÃO se trata de discutir nomes, cada um tem sua seleção, é apenas um jeito de demonstrar a ideia do post.

Como não ficaria fixo na área, Kaká também pode trabalhar como organizador, podendo encontrar Hulk e Neymar entrando em diagonal. A opção pelo atacante do Porto é para ter mais uma opção de finalização, coisa que Lucas, do São Paulo, não faria bem, até por ser destro. É, também, uma forma de não sobrecarregar Ganso/Oscar como o único pensador.

Com a posse de bola, sem muito segredo: Lucas Leiva se porta quase como terceiro zagueiro, para que os ofensivos laterais brasileiros possam atacar. Com Ramires um pouco mais recuado que Oscar, Daniel Alves pode aparecer de surpresa pela ponta direita, semelhante ao que faz no Barcelona, enquanto Hulk preencheria a área.




Para a ideia do 'falso 9' funcionar, Neymar e Kaká devem trocar de posição constantemente. Kaká, ao cair pela esquerda, poderia fazer uso de seu pé direito para encontrar o agora '9' Neymar surgindo entre a defesa adversária, além da alternativa do chute de média distância, algo que apenas Hulk faz - e, muitas vezes, exagera.


Oscar mostrou-se muito mais participativo na marcação pressão do que Ganso é, evidenciado na vitória sobre a Dinamarca pré-Londres'12. Para que ela seja bem executada, o meia do Chelsea avança para pressionar os zagueiros, enquanto Kaká recua para fechar o espaço mais atrás. A Alemanha fez algo semelhante na Copa de 2010, com Mesut Özil marcando bem adiantado, ajudando Thomas Müller e Lukas Podolski, e Miroslav Klose recuando.

Nas vezes em que o adversário conseguir escapar da marcação pressão, os pontas PRECISAM marcar os laterais. Neymar não precisa fazer marcação de Tevez, Rooney ou Eto'o versão Inter de Milão, mas o lateral direito é dele e acabou, tal qual o esquerdo é de Hulk.


Claro que não é só ter a ideia, é preciso treinar, treinar e treinar. O que preocupa é ver que, após dois anos de trabalho, Mano Menezes aposte suas fichas num centroavante bom, mas que ainda precisa acontecer. A velocidade com que Damião se tornou solução demonstra problemas.

20 de junho de 2012

Os estranhos números da Inglaterra na Euro 2012


Nesta terça-feira, após 24 jogos, foram conhecidas as oito seleções que seguirão em busca do título da Eurocopa 2012. Portugal e Inglaterra tentam uma conquista inédita, enquanto Grécia, República Tcheca (como Tchecoslováquia), Alemanha, Espanha, Itália e França querem aumentar sua galeria.

De todas, nenhuma apresentou na 1ª fase estatísticas tão curiosas quanto a Inglaterra. Olhando apenas para elas, sem saber quem se classificou, todos diriam que os ingleses ficaram pelo caminho.

Das oito classificadas, a Inglaterra tem a pior porcentagem média de posse de bola, com apenas 23% (no geral, isso só está acima da Suécia, com 17%), muito abaixo de Portugal, com 43%, segundo que menos teve a bola. Grécia (47), Alemanha (50), Itália (51), República Tcheca (51), França (54) e Espanha (62) completam o quadro.

A estatística de passes chega a ser ainda mais impressionante. O English Team foi a seleção que menos tentou passes de toda Euro, com 440, e apenas 283 completados, o que representa 64%. A seguir, dentre os classificados, vem a Grécia, que tentou 1207 e acertou 758 (63%). No topo está a Espanha, com apelões 2411 tentados e 1978 acertados (82%). O que a Furia tem de passes certos ninguém tem de tentados.

Por fim, as finalizações. Em três jogos, a Inglaterra chutou a gol apenas 27 vezes, sendo 15 delas no alvo, acima apenas da Grécia, que tentou 19 tiros. Rep. Tcheca (35), Alemanha (36), Portugal (50), Itália (52), Espanha (58) e França (59) completam a lista.

Nas 4as-de-final, no dia 24/06 (domingo), a Inglaterra enfrenta a Itália. O vencedor encara quem passar de Alemanha x Grécia (22/06). No outro lado da chave: República Tcheca x Portugal (21/06) e Espanha x França (23/06).

10 de outubro de 2011

Mano Menezes precisa fechar um grupo de 35 a 40

De maneira arredondada, já faz um ano e meio que Mano Menezes assumiu o comando da Seleção Brasileira, com dois discursos claros: renovação e protagonismo. Digamos que, o primeiro objetivo tenha sido parcialmente alcançado, mas o segundo está muito longe de acontecer.

Passa a ser preocupante ver que, após mais de um ano, o Brasil ainda não consegue marcar pressão de maneira ordenada, é como se cada um subisse para pressionar quando sentisse vontade. Ou pior: como não é jogo oficial, entram em campo com concentração ínfima, e esquecem as orientações recebidas. Isso sim é alarmante, pois o próximo jogo oficial é só em 2013, serão dois anos e meio jogando partidas "desconcentradas".

Seria bom se Mano entrasse 2012 sem a mentalidade de testes, mas sim fechar um grupo de 35 a 40 jogadores, e não sair disso. Entraria nesse grupo aqueles atletas que realmente tivessem arrebentando. Vicente del Bosque, treinador da Espanha, convoca sempre a mesma base, seja para pegar Liechtenstein ou Inglaterra, inserindo um ou outro apenas. Cada convocação do treinador brasileiro (tire dessa conta os jogos contra a Argentina) tem sempre umas três ou quatro caras novas.

Exemplo de possíveis novos integrantes do grupo: Alex (Corinthians), Miranda (Atlético de Madrid), Fábio (Cruzeiro), Willian (Shakhtar Donetsk). E, como há carência de centroavantes, vale torcer para que Luis Fabiano e Adriano, ou ao menos um dos dois, volte a jogar em grande nível.

Sendo assim, o grupo que Mano precisa fechar deveria ser mais ou menos assim (não pesquisarei convocação por convocação, certamente esquecerei alguns):

Goleiros: Júlio César, Jefferson, Victor, Neto, Diego Alves*

Laterais: Maicon, Daniel Alves, Rafael / Marcelo, Adriano, Fábio

Zagueiros: Thiago Silva, David Luiz, Lúcio, Dedé, Alex

Volantes: Lucas Leiva, Luiz Gustavo, Sandro, Ramires, Hernanes, Ralf, Elias, Fernandinho

Meias centrais: Ganso, Kaká, Ronaldinho, Jádson, Renato Augusto, Anderson

Externos: Neymar, Lucas, Hulk, Robinho

Centroavantes: Leandro Damião, Pato, Borges, Fred, Nilmar, Jonas

* A única opinião pessoal, pois é um baita goleiro, adiou ao máximo o rebaixamento do Almería e vem de grandes atuações pelo Valencia. No mais, não é lista dos meus convocados, e sim um filtro das convocações do Mano, visando fechar um grupo e tentar, enfim, montar um time.