23 de junho de 2015

Oito rodadas, nove demissões: como levar a sério?

"Sem muito o que falar, os resultados não ajudaram". Palavras do ex-goleiro Harlei, atual diretor de futebol do Goiás, ao justificar a demissão de Hélio dos Anjos, a segunda em 2015.
Longe de ser um defensor do treinador, mas parece mais um a padecer do mal de um time sem grandes aspirações no Brasileiro que começa bem a campanha, e quando os resultados NORMAIS acontecem, acaba passando a impressão de que o time não está rendendo como antes.

Os esmeraldinos iniciaram com quatro jogos de invencibilidade: vitória contra Atlético Paranaense (C) e Palmeiras (F) e empate contra Vasco (F) e Grêmio (C). Oito pontos em doze, muito além dos prognósticos.
Veio, então, a sequência da demissão: derrota para o líder Sport (F), Avaí (C), empate contra a Ponte Preta (F) e derrota para o Joinville (F). Destes, o revés em casa contra a equipe de Santa Catarina pode ser considerado o único mau resultado, mas NENHUM dos vinte times - nem o campeão - faz 38 jogos sem um grande tropeço.

As nove demissões em oito rodadas de Campeonato Brasileiro explica o país no topo do ranking mundial de treinadores demitidos, com uma inacreditável média de QUATRO MESES - aproximadamente 15 jogos - que um técnico dura no clube, muito à frente do segundo colocado, a Itália, cujos treinadores permanecem 1,07 temporada empregados. Cabe ao Fluminense a "honra" de campeão mundial de demissões: 41 técnicos de 2002 até 2015. Sim, amigos, o clube carioca tem média de 3 treinadores por ANO. Nesta lista mundial, os próximos colocados são Náutico, Flamengo, Vitória, Atlético-PR e Sport.

Como levar a sério o futebol brasileiro?

                                (Fonte: Goal.com)

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