Não direi que foi uma injustiça, pois futebol, felizmente, não é um ato de justiça, mas o Uruguai perdeu os 3 pontos mais ganhos dessas eliminatórias.
O jogo parecia ser no Centenário, o Uruguai marcava a saída de bola do Brasil e dominava de forma até divertida a seleção brasileira, a ponto de fazer linha de passe dentro da área brasileira. Estava dando gosto ver o Uruguai jogar.
O Brasil não tinha o menor domínio do meio de campo, já que havia um buraco enorme entre Gilberto Silva-Mineiro e Ronaldinho-Kaká-Robinho. Jogadores como Cristián Rodríguez, Luis Suárez e Sebastián Abreu nunca tiveram uma marcação tão folgada na vida.
Os uruguaios abriram o placar aos 8 minutos, com Abreu. E se não fosse uma partida memorável de Júlio César, o jogo poderia ter acabado já na primeira etapa. E como não fez isso, acabou levando um gol no último minuto do primeiro tempo, num belo gol de Luis Fabiano, sem ângulo. Na comemoração, Luis Fabiano vai até o símbolo do São Paulo e se ajoelha, demonstrando toda sua gratidão e amor pelo clube que o projetou para o mundo. Um empate que salvou a seleção de Dunga de ir para o intervalo sob uma das maiores vaias já vistas.
Esperava-se que o Brasil voltasse diferente pra segunda etapa, mas voltou exatamente igual, e com menos de 1 minuto Júlio César já teve que salvar o Brasil de novo. O Uruguai estava tendo novamente a chance de matar o jogo. Novamente tomou o segundo gol. Maicon cruzou da direita, Kaká não alcançou a bola, Gilberto tentou chutar pro gol, mas a bola saiu pro lado, e por sorte encontrou Luis Fabiano, livre, marcar o segundo gol brasileiro.
Notas:
Júlio César: A estabilidade de Dunga até a próxima rodada das eliminatórias dependeu muito da brilhante atuação de Júlio César. Nota 10.
Maicon: Tem suas limitações, mas é forte, tem velocidade e joga com muita aplicação. Nota 7.
Alex: Manteve o nível de apresentações que vem tendo no Chelsea. Nota 4.
Juan: Não foi tão bem como contra o Peru(seria querer demais duas partidas perfeitas), mas não comprometeu. Nota 6.
Gilberto: O pior em campo disparado. Nota 0.
Gilberto Silva: Sem a menor condição de continuar sendo titular. Nota 2.
Mineiro: Deve-se tirar urgentemente a imagem daquele Mineiro do São Paulo, porque esse Mineiro de hoje não é nem sombra daquele. Melhorou com a entrada de Josué. Nota 5.
Ronaldinho: Atuação discretíssima, apesar de, do trio, ser o que mais quis jogo. Nota 4.
Kaká: Esforçou-se muito, acertou pouco. Nota 4.
Robinho: Irreconhecível, não conseguia acertar fundamentos básicos. Nota 3.
Luis Fabiano: Outro a quem Dunga deve agradecer o emprego. Jogador forte, protege bem com o corpo, fez uma partida memorável, marcando 2 gols que só centroavante de ofício marca. Nota 10.
Josué: Entrou no lugar de Ronaldinho e ajeitou o meio campo do Brasil. Teve uma bela apresentação, provando que precisa ser titular dessa seleção. Nota 7.
Daniel Alves e Vágner Love: Jogaram pouco. Sem nota.
Dunga: É de se ressaltar uma qualidade em Dunga: a vontade de manter o grupo unido. Isso é fato, tal qual é fato que ele não é treinador de uma seleção brasileira. Nota 3.
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