5 de maio de 2011

Tragédia que não ocorria desde 1994

A noite de quarta-feira foi, possivelmente, o dia mais trágico para o futebol brasileiro nos cinquenta e um anos de Copa Libertadores. De uma só vez o Brasil passou de cinco para um representante.

A última vez que o país teve apenas um clube entre os oito melhores foi em 1994, quando o São Paulo se classificou para as quartas de final eliminando o Palmeiras e o Cruzeiro foi eliminado pela Unión Española. Ou seja, o dia 4 de maio de 2011 é histórico, talvez demorem outros dezessete anos pra acontecer algo similar.

E volta a velha questão (que nem é tão velha assim, pouco se discute isso) sobre a estrutura mental dos esportistas brasileiros, que costumam simplesmente entrar em pane quando estão numa situação de pressão. Quando César Cielo foi um monstro e ganhou o ouro nos 50m nos Jogos de Pequim, a nadadora Mariana Brochado comentou: "Ele nem parece brasileiro", pra desespero da ufanista SporTv. Ela está certa.

Se Inter e Cruzeiro enfrentassem Peñarol e Once Caldas na fase de grupos, é quase impossível imaginá-los perdendo em casa. Mas chega mata-mata, pressão pra não fazer feio, jogando diante da torcida (que geralmente ajuda a atrapalhar tudo) e dá nisso.

E olha que, mesmo o Santos, único remanescente, precisou de uma atuação heróica do goleiro Rafael, senão teríamos uma quartas de final sem um brasileiro sequer, algo que não acontece desde 1988.

Passou da hora de pararmos de achar que time bom é time brasileiro.

2 comentários:

Liv Milla disse...

Concordo com o que diz quanto à estrutura mental dos jogadores brasileiros. É fraca, quase nula.

Liv Milla disse...

Eu também odeio torcedor que vai pra vaiar! Torcedor é pra apoiar, oras! Se não for igual a casamento, é melhor nem ir aos estádios...
Berna voltou porque estava em melhor fase que Cavalieri, e tem feito mais boas defesas do que tido falhas.
Eu não entendo certas pessoas dessa torcida, mas é obvio que as vaias não íam levar a nada!
Obrigada pela visita!
Bj