15 de maio de 2008

Libertadores 2008 (2)

Dois jogos pelas quartas de final da Libertadores

Nesta quarta realizou-se duas das quartas de final da Copa Libertadores da América.

Jogando mais ou menos em casa, o Boca Juniors ficou no empate por 2 x 2 com o bom time mexicano do Atlas. A La Bombonera foi interditada na fase anterior devido a uma agressão ao bandeirinha da partida, causando-lhe um corte no rosto. Pois é, um único babaca conseguiu levar o jogo que milhares gostariam de assistir em seu estádio para outro, do rival Velez Sarsfield, o Jose Amalfitani.

O Atlas começou melhor o jogo e conseguiu rapidamente abrir ao placar, aos 5 minutos, com Omar Flores, de cabeça. A lógica seria o Atlas recuar, mas a equipe mexicana quase fez 2 x 0 alguns minutos depois em cabeçada de Marioni, ex-Boca. Mas a pressão dos xeneizes começou a aparecer, e aos 35 minutos, num passe genial de Riquelme para Palacio, o avançado argentino cruzou na direção de Palermo, mas quem marcou foi o zagueiro Hugo Ayala, contra.

O primeiro tempo terminou assim, e no segundo o Boca mandou na partida, com o Atlas recuadíssimo. E o Boca na pressão é sinônimo de gol: o zagueiro Cáceres, aos 30 minutos, virou a partida para os argentinos. E a partida parecia caminhar para um 3 x 1, com o Atlas ainda recuado, mas os mexicanos "acharam" o empate aos 44 minutos, numa péssima saída de Caranta, gol de Torres.
Com esse 2 x 2, o Atlas joga por um empate por 0 x 0 e 1 x 1 em seu estádio. Vale lembrar que as duas equipes já se enfrentaram na fase de grupos e em Guadalajara a equipe mexicana fez 3 x 1.

Na outra partida, São Paulo e Fluminense fizeram um espetáculo no Morumbi. Quem não viu o jogo e leu essa primeira frase pode pensar: "Deve ter sido 5 x 4 então". Foi 1 x 0. Sim, um espetacular 1 x 0. Espetáculo é um conceito. Espetáculo é uma partida onde duas equipes grandes se enfrentam de igual para igual, ambos os times com jogadores excelentes, com ótimos técnicos, estádio lotado, competição do nível da Libertadores.
Apesar do equilíbrio no papel, em campo foi o São Paulo quem dominou completamente os primeiros 45 minutos. A Libertadores realmente é diferente, mexe com os jogadores, em qualquer outra situação era inimaginável ver Hugo correndo como correu, dando carrinhos como deu, desarmando como desarmou, marcando como marcou. Foi com certeza a melhor partida deste jogador, que começa a recuperar seu espaço. Ontem não se notou a ausência de Jorge Wágner. Outro que estava em débito e que foi muito bem ontem foi Fábio Santos, simplesmente impecável na marcação e desarme. Richarlyson, apesar de tecnicamente ser limitadíssimo, não perdeu uma disputa, a raça dele contagia. Dagoberto enfim fez uma partida de Dagoberto versão Atlético Paranaense, jogou muito. E Adriano desequilibrando novamente, não só com o gol que faria aos 20 minutos da primeira etapa, mas na liderança do time, nas disputas de bola. É quase impossível roubar a bola dele.

Do lado do Fluminense, jogadores como Thiago Neves e Dodô simplesmente não existiram a partida toda. O zagueiro Roger e o goleiro Fernando Henrique foram os principais destaques da equipe na primeira etapa.
No segundo tempo o Fluminense deu uma melhorada, equilibrou as ações, e nos minutos finais passou a pressionar, especialmente após a entrada do argentino Darío Conca, mas o São Paulo, melhor defesa da Libertadores com apenas 4 gols sofridos, conseguiu segurar o resultado. Qualquer empate no jogo de volta, na próxima quarta-feira, classifica o tricolor paulista, enquanto o carioca precisa ou vencer por 1 x 0 e levar o jogo para os pênaltis ou vencer por 2 gols de diferença, pois se o São Paulo marcar um gol o Fluminense terá que fazer três.

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